Ontem, para localização hoje é domingo, 1° de junho de 2025 (é, chegamos praticamente à metade do ano), encontrei o Norbertino, que há anos não via e há mais anos ainda, não conversava, ainda que rapidamente. 5s6e2o
Fomos colegas na Prefeitura de Chapadão do Sul, nos bons tempos da istração do seu Elo Ramiro Loeff, com quem, tenho certeza, ambos aprendemos muito.
O Norbertino falou: “escreve alguma coisa para publicar no site”. Bem, escrever é o que mais faço na vida e isso para além das mensagens de WhatsApp. Escrevo porque minha profissão requer e, também, porque gosto de escrever. Resumos de livros que leio, resenhas e assuntos em geral, normalmente rendem alguns textos, a imensa maioria jamais lida por ninguém (nem mesmo por mim).
Mas não quer dizer que escrever muito signifique escrever bem ou mesmo que alguém possa ter interesse na leitura do que foi escrito. Significa, simplesmente, escrever bastante.
Porém, como diria o capitão Nascimento, “missão dada, missão cumprida”!
Hoje, como faço todos os domingos em que estou em casa, acordei cedo (lembrando que cedo é um conceito relativo) finalizei minha semana profissional (semana ada, claro), fazendo alguns protocolos e comecei a organizar a próxima semana de trabalho.
Como também sempre faço quando um tema não exige concentração máxima, encontro um vídeo no YouTube sobre algum assunto do meu interesse e deixo rodando, ouvindo (não assistindo). Claro que mesmo não exigindo concentração total nas minhas tarefas, o vídeo fica “meio em off”.
Por essa razão tem muitos vídeos que rodam mais de uma vez. De tempos em tempos ouço novamente, ainda que as opções de inéditos sejam enormes. Faço isso com filmes também, mas aí é porque algumas vezes durmo assistindo (A Valentine, minha caçula, diz que é sempre, o que, evidentemente, não é verdade) e depois, obviamente, tenho que assistir novamente.
Encontrei uma entrevista do Vilela (Podcast Inteligência Ltda.), com o Maurício de Souza, feita há dois anos (deve ser a terceira vez que ouço). Recomendo, vale muito à pena.
Mauricio de Souza é um gênio das histórias em quadrinhos e não apenas para os padrões brasileiros, mas para o mundo. É reconhecido e respeitado praticamente no mundo todo.
É o criador, idealizador e operacionalizador da Turma da Mônica. Está com oitenta e nove anos (na época da entrevista, com 87) e ainda na ativa.
Parêntese para dizer que me chamou a atenção o baixo número de visualizações da entrevista, apenas cento e quarenta e três mil. Por curiosidade pesquisei quantos podcast do “Inteligência” possuem mais de um milhão de visualizações e são cento e oitenta e seis.
Com mais de cento e quarenta e três mil visualizações, são novecentos e oitenta e oito podcasts.
Isso me levou à reflexão, que, por fim, resultou neste texto (ufffa! agora vai falar sobre o título do texto?). Em que momento das nossas vidas deixamos de ler histórias em quadrinhos, os famosos “gibis”?
Infelizmente, existem muitos “escritores” de autoajuda e similares atualmente mais conhecidos do que um gênio de projeção mundial, criador de personagens marcantes, superado apenas por Walt Diney. Este, aliás, não fossem os famosos parques, provavelmente também não seria muito conhecido.
Uma pena. Mas a verdade é que também não leio gibis há anos e percebi que preciso retomar essa prática, com urgência. Fui, na minha adolescência, leitor voraz desse tipo de literatura (sim, histórias em quadrinhos, são literatura). Lia praticamente todos, ao menos todos os que me eram íveis.
Meus preferidos são, nessa ordem, Zé Carioca, Tio Patinhas, Pato Donald, Pateta e todos os correlatos. Eu sei, são todos da Disney, o que não significa, em absoluto, que a Turma da Mônica não fosse legal ou que não lesse ou gostasse deles. Apenas uma preferência.
Como disse, lia tudo o que estava ao meu alcance. Lia até “Tex”, em preto e branco. E, hoje, com ar dos anos (muitos) e considerando minha profissão (advogado especializado em agronegócio), posso afirmar, sem nenhuma margem para equívocos, que ler gibis foi muito, mas muito, mas muito importante na minha formação profissional.
Como assim? O que gibis têm a ver com agronegócio? Nada. Mas a leitura dessas histórias é instigante e, diferentemente do que possa pensar quem nunca leu, as histórias são inteligentes, com percepções apuradas e, normalmente, com sacadas geniais.
E ler, como todos sabemos, é condição básica para escrever. Ninguém que não tenha a leitura como hábito, conseguirá escrever razoavelmente bem. Já disse que escrevo muito e que isso não significa nada. Mas, publiquei três livros e isso somente foi possível não pela habilidade em escrever, mas pela voracidade com que sempre li.
Enfim, tomei a decisão de voltar a ler histórias em quadrinhos, porque são mais produtivas do que algumas leituras “especializadas”, além de imensamente mais prazerosas. E, se puder dar um conselho, leiam “gibis”, leiam muitos, isso fará muito bem à sua mente e, apostem, muita diferença nas suas vidas.
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